Jovens designers, ao montar o seu portfólio, costumam cometer alguns erros comuns. Nesta hora, a falta de experiência acaba falando mais alto e somente com o tempo o designer vai se informando sobre o que o mercado realmente exige.

E erros podem ser decisivos na contratação. Por isso, quanto antes o designer se preparar para assumir uma vaga, maiores são as chances de sucesso profissional.

Quem aponta os erros mais comuns é o nosso sócio diretor, Calebe Asafe. Ele coordenou o programa Ciclo de Estágios da Abedesign por três anos, que classificou 30 jovens profissionais em 16 escritórios de design de Belo Horizonte. E estes foram os que mais notamos durante o Ciclo.

>> Leia também: Designers precisam mesmo passar pela faculdade?

Designer que exagera na criatividade do portfólio

Empresas de design valorizam um portfólio diferente. Mas, acima de tudo, a estrutura deve ser apresentável. É comum encontramos projetos que chamam bastante a atenção. Mas o exagero na hora de montar o portfólio é tanto que acabam ficando complexos e, graficamente, ruins.

Portanto, seja organizado. Procure focar nas peças que realmente importam e faça com que sejam de fácil entendimento para quem for avaliar.

Outra dificuldade de jovens designers é criar uma apresentação de forma didática. A vontade de fazer algo diferente é tanta que acabam esquecendo de acrescentar coisas básicas ou, para piorar, o que realmente interessa ao escritório. Para simplicar, basta explicar quem é o cliente, qual o desafio e como ele foi resolvido.

Se estiver precisando de uma plataforma online, experimente o Behance.

Portfólio com poucos projetos reais

Da mesma forma, é comum vermos projetos bem criativos, mas que não são aplicados na vida real. O que também não tem problema nenhum, se você tem o desejo de trabalhar num escritório autoral ou como ilustrador.

A questão é que empresas de design buscam profissionais que oferecem mais que um trabalho bonito. E o seu portfólio é a sua oportunidade de mostrar que você possui as noções de composição gráfica aplicadas às peças que realmente são produzidas no escritório.

Privilegiar a manipulação de softwares

Noções em Photoshop, Illustrator e Indesign são pré-requisitos básicos para entrar em qualquer escritório de design. Mas engana-se quem pensa que isso é o suficiente para garantir a sua vaga.

Além de técnica, as empresas buscam profissionais que saibam trabalhar o conceito da peça. E não basta apenas saber manipular cada software. É preciso escolher aquele mais indicado para cada tipo de tarefa. Por exemplo, um erro que vemos com frequência é o designer utilizar o Illustrator para diagramar um livro ou o Indesign para desenhar uma marca.

Desconhecer as diferenças de resolução e formatos de arquivos

Já vimos aqui que para entrar num escritório de design, você precisa de técnica, criatividade e um bom portfólio. Conhecer alguns conceitos de resolução e formatos de arquivos também pode favorecer o seu currículo e a sua entrada no mercado.

Para começar, entenda a diferença entre resoluções de imagem 72dpi x 300dpi, os melhores formatos para web, o tamanho de um arquivo antes de enviá-lo para aprovação ou impressão. Com o tempo, estes e outros conceitos são facilmente dominados.

Um erro comum de jovens designers é anexar arquivos muito grandes, com mais de 20 MB, no corpo do email. E pode ter certeza que ninguém vai querer baixar.

É claro que há vários outros atributos que também podem fazer a diferença no início de sua carreira profissional. Mas com a devida atenção a alguns detalhes, você otimiza o seu tempo evitando os erros mais comuns de jovens designers. E tem em mãos um portfólio ainda mais completo.

DIGIA_ Você seguiria sua marca nas redes sociais?