Os influenciadores digitais são parceiros importantes na divulgação de marcas, produtos e serviços, mas e quando são cancelados? Como fazer o gerenciamento de crise desse problema que também estará associado à sua empresa?

A cultura do cancelamento é a tendência que seguidores de redes sociais têm de julgar e desprezar pessoas que, nas suas visões, cometeram deslizes imperdoáveis. Eles promovem campanhas contra esses influenciadores ‘cancelados’ e não poupam marcas ou outras pessoas associadas a eles. 

A cantora Karol Conká é um exemplo recente. A artista protagonizou diversas situações polêmicas em sua participação no Big Brother Brasil. Após embates com os participantes Lucas Penteado e Juliette Freire, ela foi cancelada. Em seguida, perdeu 300 mil seguidores nas redes sociais e trabalhos, como o festival virtual Rec-beat, que teria a apresentação da cantora.

Foto da cantora Karol Conká das suas redes sociais
Reprodução do Instagram da cantora Karol Conká

Um estudo do Instituto QualiBest, realizado em 2018, mostrou que 55% dos internautas brasileiros pesquisam a opinião de um influenciador digital antes de comprar algum produto, 86% já descobriram produtos por meio de um influenciador e 73% compraram produtos ou contrataram serviços por indicação deles.

Está mais que comprovado que eles são um auxílio potente para vendas e para a construção de um relacionamento entre marcas e público, mas, com o episódio de Karol Conká, também ficou claro que essa associação acontece para o bem e para o mal. Afinal, o influenciador estará sempre ligado à marca que se relaciona com ele, por isso, também é importante que tenha valores e ideias alinhados ao negócio.

Os internautas cobrarão uma postura da empresa com relação aos erros do influencer. E dependendo da forma como a marca age ou deixa de agir diante de um cancelamento, pode provocar impactos negativos ao negócio e, até mesmo, perder clientes atuais e futuros.

O que é gerenciamento de crise?

Gerenciamento de crise nada mais é do que buscar ações e estratégias para minimizar os danos sofridos pela sua empresa diante de um acontecimento percebido de maneira negativa pelo público. 

Também é preciso procurar alternativas para melhorar a imagem e a reputação da marca. 

 Como agir diante do cancelamento de um influenciador ligado à sua marca?

Outros influenciadores, como a musa fitness Gabriela Pugliesi, passaram pela mesma situação. A influenciadora foi cancelada após dar uma festa para amigos durante a pandemia da Covid-19. Gabriela perdeu diversos patrocinadores que, por sua vez, deixaram claro, em suas redes sociais, que eram contrários à postura adotada por ela.

Print do Instagram da Gabriela Pugliesi que mostra ela com algumas amigas em uma festa em seu apartamento.
Reprodução Instagram Gabriela Pugliesi

Além do simples rompimento de contrato, é importante adotar outras posturas:

  • se posicione sobre as polêmicas envolvendo o influencer ligado a sua empresa. Reconheça o erro e mostre que não é a favor da atitude tomada;
  • seja ágil neste posicionamento, o seu público pode entender a falta dele como se a marca fosse a favor da postura que gerou o cancelamento;
  • seja empático, mostre que se solidariza com quem foi afetado;
  • ofereça soluções diante do “erro”. Só dizer que o influenciador agiu de forma contrária ao que a empresa pensa pode não surtir tanto efeito como apresentar uma ação.
  • procure o meio certo para mostrar o seu posicionamento, você deve divulgá-lo onde o seu público está.
  • e, por último, não o faça apenas em comentários de redes sociais, pois não vai atingir a todos.

Quer ajuda para criar estratégias digitais para gerenciar a crise da sua empresa e ainda fazer um projeto de branding para reposicionar a sua marca? Procure a Calebe. Você também pode acompanhar outras dicas nas nossas redes sociais.

 

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