As fundadoras do Think Olga e Think Eva, Juliana de Faria e Nina Lima, Nayara Ruiz, coordenadora de comunicação digital do Bradesco, e Lisen Stromberg, COO da entidade americana 3% Corporation participaram de painel que abordou a necessidade das marcas melhorarem a comunicação e a publicidade para mulheres. Elas também falaram sobre a incorporação dessas questões no cotidiano e na folha de pagamento. A apresentação aconteceu no maior palco com plateia do festival arrancando aplausos e até lágrimas do público presente.

Fortalecendo a publicidade para mulheres

Essa discussão começou aqui no Brasil quando o Think Eva perguntou para as mulheres o que elas pensavam da forma como são retratadas na publicidade e a maneira como recebiam a propaganda. O levantamento feito com mil mulheres classificadas pelo estudo como “super conectadas e engajadas” constatou que o principal sentimento do gênero em relação à publicidade é a indiferença. Para 62,4% das entrevistadas, a publicidade desperta o sentimento de mesmice. Mesmo quando instigadas, 55,7% indicam não ter visto nenhuma propaganda que tenha chamado a atenção recentemente.

O desejo mais expressado foi ter uma comunicação mais inclusiva e que contemple as necessidades do gênero. A pesquisa mostra também que 73,2% das respondentes têm interesse em comunicação de tecnologia. Porém, 75,7% acreditam que essas empresas se dirigem somente ao público masculino em suas mídias. Ao retratar mulheres, inteligência é a principal característica que as respondentes gostariam de ver na publicidade (85,8%), seguida por independência (72,3%).

Esta necessidade de transformar a comunicação foi apresentada da perspectiva brasileira, mas o painel levantou que o problema da falta de representatividade é mundial. Um dos responsáveis pela falta de representação é o baixo número de representantes do gênero no Departamento de Criação das agências. Ficamos com a provocação de buscar entender com mais profundidade os anseios de uma grande parcela do público, que mesmo hoje é ignorado.

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