Quando falamos que os sites são parecidos, o que queremos dizer com isso? Que faltou um pouco de criatividade na hora de desenhá-lo? Pode até ser. Mas pensando sempre em acessibilidade, páginas com a “mesma cara” são aquelas que oferecem padrões já estabelecidos que facilitam a interação no meio digital. E não necessariamente aquelas que apresentam ilustrações, cores, fontes e outros traços visuais semelhantes.

Quem está familiarizado com a internet já tem uma boa noção de como funciona grande parte das chamadas num site. Links normalmente apresentam uma cor diferente do restante do texto. Já os botões são dispostos de forma destacada na página, convidando o usuário a acessar uma nova sessão. E por aí vai.

O e-commerce é um ótimo exemplo de como ocorre a padronização no meio digital. Pegamos duas tradicionais plataformas de venda online e o anúncio do mesmo produto em cada uma delas.


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Ao acessá-las, o usuário pode perceber que a disposição das informações é bem parecida. Os botões de compra possuem um ícone de carrinho ou cesta (característica do e-commerce) e sempre destacados no site, assim como o preço, levando a um próximo passo na compra de um produto. Em ambos, há outras chamadas semelhantes, como calcular frete, avaliações, parcelamento, além de título e imagens, também dispostos de forma parecida.

A semelhança, ou a padronização das informações, ocorre em função de vários testes de usabilidade, de acordo com o comportamento do usuário no meio digital, que permitiram a interação com cada uma das plataformas. E não porque alguém achou interessante colocar um determinado botão aqui ou ali.

Agora, se as duas páginas apresentam a mesma cara, ou seja, seguem os mesmos padrões de acessibilidade, onde entraria a criatividade?

A criatividade pela usabilidade

Ao desenvolver um novo site, o profissional deve considerar não apenas a parte estética de uma interface. Aqui, a estrutura deve favorecer principalmente a interação do usuário, oferecendo ao mesmo tempo, chamadas destacadas/atraentes na página e funções de fácil acesso. De nada adianta um site esteticamente apresentável com baixa usabilidade. Ou então uma interface acessível, mas com um design nada atrativo. Em nenhum dos dois casos, a estrutura oferece uma experiência positiva ao usuário.

Dessa forma, pensamos na criatividade pela usabilidade. Ser prático não significa ser pouco criativo. Muito pelo contrário. A criatividade é aplicada em vários elementos de uma página, seja na disposição das imagens, das cores, no formato das chamadas. E com o aspecto visual em evidência, fica muito mais fácil oferecer a usabilidade necessária para uma boa navegação.

Assim, devemos sempre considerar a disposição de toda a página e qual a interatividade permitida por cada função. E para continuar oferecendo experiências positivas, seguir o padrão pode ser a escolha certa.

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