Enquanto muita gente ainda nem ouviu falar do Clubhouse, marcas do mundo inteiro já preparam estratégias para aproveitar o público da rede social do momento.

Criada em abril de 2020, a plataforma vem ganhando força neste começo de 2021. Sem likes, textões e fotos, o Clubhouse se concentra em apenas uma forma de produção de conteúdo, promovendo conversas em áudio que funcionam como uma espécie de “podcast ao vivo”.

Apesar de ainda ser exclusiva para o iOS, a rede está se popularizando rapidamente. Atualmente, conta com cerca de 6 milhões de usuários e tem valor de mercado estimado em US$ 1 bilhão

Se o Clubhouse vai pegar ou não, só o tempo vai dizer, mas o barulho que fez em tão pouco tempo despertou o interesse de muitas marcas. Entenda quais as vantagens e desvantagens da nova plataforma e como as empresas podem usar esse espaço para chamar a atenção do audiência. 😃

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Clubhouse: retrocesso ou novidade?

À primeira vista, uma rede social que não conta com a produção de vídeos em pleno 2021 parece ser um grande retrocesso, afinal, quem quer se destacar em plataformas como Instagram, YouTube ou TikTok apela para vários sentidos, com produtos audiovisuais muito criativos ou bem produzidos para chamar a atenção dos seguidores.

Com a ausência de vídeos, imagens e textos, o Clubhouse resgata uma certa simplicidade, que tem um forte apelo entre pessoas mais preocupadas com o conteúdo do que com a forma

Não interessa a maneira que você está vestido, o visual do seu estúdio ou o seu corte de cabelo. No Clubhouse, o interessante é o que você diz, são as discussões que você fomenta e participa

Print da tela do Clubhouse na App Store.

A plataforma até se apropria da saturação natural que estamos sofrendo com as redes sociais, permitindo que os usuários consumam conteúdo de forma passiva. Você pode ouvir conversas enquanto dirige, no ônibus, ou enquanto lava a louça.

Pop e sofisticada ao mesmo tempo

É claro que mesmo sem os estímulos mais comuns das redes atuais, o Clubhouse tem os seus gatilhos de atração para o público. 

Ao criar salas de bate-papo que se autodestroem após o fim da conversa, a plataforma explora o fenômeno do Fear of Missing Out (FOMO), ou seja, cria uma urgência nos usuários, que sentem que precisam participar dos papos para não perderem nenhum conteúdo relevante.

Também é uma rede que explora a exclusividade, ao menos nesse primeiro momento, em que você pode até fazer seu cadastro, mas precisa ser convidado por um usuário para conseguir acessar. 

Por tudo isso, a plataforma tem se tornado muito popular entre empreendedores, que enxergam o Clubhouse como um espaço único para conversas relevantes, contato direto com consumidores e networking.

Print de tela do blog do Clubhouse, que anuncia que a rede ainda está em testes, mas que aqueles que possuem um convite já podem acessar.

Se para muitos usuários o Clubhouse é uma espécie de Twitter em áudio, que permite que todos acompanhem eventos ao vivo juntos, para outros é uma oportunidade para ter uma conversa sofisticada e civilizada na internet.

A rede ainda tem grandes falhas

Mesmo com tantos atrativos, o Clubhouse ainda tem falhas que precisam ser corrigidas. A acessibilidade é uma das grandes barreiras da plataforma, que acaba excluindo os deficientes auditivos.

Além disso, muito usuários relataram que as salas de bate-papo estão muito desorganizadas e, em alguns casos, violentas.

Hoje, os próprios participantes funcionam como moderadores, permitindo que outras pessoas entrem ou não na conversa. Isso abre espaço para que pessoas mal-intencionadas comandem salas do Clubhouse, permitindo assédios e ataques virtuais.

Os responsáveis pela rede já estão fazendo atualizações e mudanças para corrigir essas falhas, especialmente a de acessibilidade, mas a rede ainda precisa caminhar bastante para se tornar um ambiente mais saudável e inclusivo.

Como as marcas podem usar o Clubhouse

Apesar de ser uma rede ainda em construção, o Clubhouse já traz várias possibilidades interessantes para as marcas que decidem participar. Para muitos, é uma plataforma ideal para conversas relevantes e humanizadas.

O Clubhouse já se atentou para esse fato e decidiu criar uma parceria com influenciadores. A ideia é dar a eles o poder de testar novas funcionalidades da plataforma antes dos outros usuários, incentivando a produção de novos conteúdos.

Hoje, já é possível ver marcas adotando algumas estratégias importantes no Clubhouse. São elas:

  • Focus Group

É possível criar grupos de discussão para testar a aprovação (e ouvir sugestões) para campanhas, novos produtos e conceitos. O Clubhouse também pode ser uma ótima ferramenta para ouvir feedbacks de uma forma geral, com as marcas dando voz aos clientes.

  • Parcerias

Com o interesse especial dos empreendedores pelo Clubhouse, as marcas podem aproveitar para tentar estabelecer novas parcerias. 

Salas de bate-papo com investidores estão acontecendo o tempo todo na plataforma, e muitos influenciadores estão se oferecendo para participar de conversas populares. É possível construir fortes relações dentro dessa dinâmica.

  • Reforçar a autoridade

Se o objetivo de uma marca é ser especialista em um determinado assunto, o Clubhouse abre um ótimo espaço para isso. É uma rede com pessoas dispostas a ouvir assuntos longos e explicações complexas. Isso faz com que ele seja um ótimo canal para reforçar a autoridade da sua marca e para captar leads qualificados.

O Clubhouse ainda vai passar por muitas mudanças, especialmente com o aumento da participação de influenciadores na construção da plataforma, mas já dá para perceber que a rede tem muitas particularidades que podem ser exploradas pelas empresas. Ao que tudo indica, é um sopro de ar fresco em meio a tantas repetições que encontramos no meio digital.

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